quarta-feira, setembro 28, 2005


















(outra colagem) Hannah Höch
mail enviado ao...

Ex.mo Sr.
Director do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian

depois de uma visita no mínimo acidentada. sei que algumas instituições têm mudado o modo como os vigilantes actuam, substituindo-os por estudantes, mas há casos de nítido recalcamento castrense...

Venho por este meio dar-lhe conta do modo acidentado como decorreu a visita à exposição de Marcel Broodthaers no passado sábado, dia 24.
Os funcionários encarregues pela vigilância deste espaço, particularmente um deles, batia ruidosamente com os sapatos no chão quase ao ritmo de marcha militar e a sua presença fazia-se notar mais do que propriamente a das obras. Um visitante - cavalheiro à volta dos 45 anos - por momentos deitou-se nos bancos, com os pés no chão entenda-se, na última sala, contemplando as obras e visivelmente sem a intenção de aproveitar para por o sono em dia. O mesmo funcionário prontamente o interpelou pedindo-lhe que não se deitasse ali.
Ainda no decorrer da visita o projector de slides avariou, prontamente ambos acudiram à ocorrência. Sem solução à vista surgiu outro funcionário que me explicou que estava avariado. Perguntei-lhe se não poderia ser substituído, ao que ele me respondeu que não porque os responsáveis por estes equipamentos não trabalham ao fim-de-semana. Para terminar, falta ainda referir que um dos filmes não estava a ser apresentado porque a fita estava partida (há três semanas).
Com intuito de poder contribuir para que as visitas possam ser um pouco menos atribuladas, apresento os melhores cumprimentos:

domingo, setembro 25, 2005


















Thurston Moore

Iraque

Sobre os recentes acontecimentos em Baçorá, o Tribunal de Bruxelas abriu uma página especial no seu site, reunindo vários artigos. Merece ser consultada e divulgada.
http://www.brusselstribunal.org/BritishBombers.htm
Resumo:
"Dois agentes secretos britânicos, disfarçados de árabes, foram presos em Baçorá pela polícia iraquiana. Antes de serem detidos, mataram dois desses polícias e feriram vários civis. Tinham um carro carregado com armas pessoais, explosivos, detonadores de controlo remoto e outros materiais usados em atentados à bomba. O governo iraquiano exigiu a sua libertação, mas o governo local de Baçorá recusou. Então, tropas britânicas em tanques assaltaram e demoliram a esquadra da polícia (onde afinal os agentes já não estavam); 150 presos aproveitaram para fugir. A população atacou os tanques com cocktails molotov e pedras; dois soldados britânicos ficaram feridos e cinco civis iraquianos foram mortos. Sucederam-se manifestações em Baçorá juntando população e polícias.
Vários observadores afirmam que a rebelião contra as tropas britânicas alastra no sul do Iraque. O governo de Tony Blair declarou que uma anunciada redução de tropas está posta de lado.
Sabe-se que os EUA e a GB, e também os serviços secretos israelitas, levam a cabo operações clandestinas que têm como alvos indivíduos isolados e população civil, sobretudo chiitas, visando inculpar a resistência. Com isso, alimentam um clima de caos permanente e divisões entre a população iraquiana que serve de justificação à permanência das suas tropas no Iraque e às operações militares contra as cidades dominadas pela resistência (Najaf, Faluja, Al-Qaim, Tal-Afar...). A resistência tem denunciado os atentados contra civis (por ex, o recente morticínio numa ponte de Bagdad, bombas contra multidões chiitas) como actos dessa guerra suja conduzida pelos ocupantes, sem que a imprensa ocidental lhe dê o devido crédito.
Os acontecimentos de Baçorá são uma prova de que essas denúncias têm fundamento.
Como dizia uma iraquiana presente no Tribunal Mundial sobre o Iraque, em Istambul, "Os iraquianos sabem quando um atentado vem do lado da resistência ou do lado dos ocupantes. A resistência não é estúpida, o seu objectivo é correr com as tropas ocupantes e para isso tem de ter o apoio de toda a população".
Quando voltarem as notícias de novos atentados contra civis, e os meios de comunicação os atribuírem a Al-Zarqaui ou à resistência ou aos sunitas, há que pensar duas vezes sobre quem realmente esteve por trás".
Vista Parcial
"Reúne seis jovens artistas de origem africana, da geração pós-25 de Abril, a iniciar o seu percurso no meio artístico português [Ana Silva, Eugénia Musa, Francisco Vidal, Manuel Santos Maia, Sílvia Moreira, Teodolinda Varela].
Exploram uma paisagem comum que tem como fio condutor a pesquisa sobre as ideias de identidade, alteridade, memória, território e deslocamento.
A exposição propõe uma leitura que escape a rótulos e fronteiras que são tantas vezes associadas a estes temas. Já que a vista parcial criada por cada artista sobre a paisagem em que vive resulta da apropriação de um mesmo território – que nos é comum".
Curadoria Antonia Gaeta, Maria do Mar Fazenda
15 Outubro: Conversa Informal com os Artistas, Curadoras e Convidados
Galeria Municipal Lagar de Azeite
Rua do Aqueduto, Palácio Marquês de Pombal
Instituto Nacional de Administração Oeiras

Até 30 de Outubro; 14h00 - 18h00, encerra às segundas-feiras.

quinta-feira, setembro 01, 2005

















DR
Mandana Moghaddam - Bienal de Veneza 05
(Cubo de cemento colgado de trenzas de cabello de mujer).